As mudanças climáticas estão entre as maiores ameaças globais do século XXI e o ESG
surge como um instrumento estratégico para que empresas, governos e investidores
possam enfrentar esse problema de forma sistêmica e com bons resultados. A sigla
representa um conjunto de orientações, práticas e processos que as empresas podem
adotar para alcançar uma operação mais sustentável e responsável. A implementação de
políticas de ESG (Environmental, Social, and Governance) configura-se como essencial e
de importância inestimável para a prevenção e a mitigação dos impactos advindos dessas
mudanças, especialmente no setor empresarial, e o pilar ambiental (E) deste instrumento é
o que se encontra mais diretamente relacionado ao contexto das mudanças climáticas.
O ESG constitui-se num excelente método para superar esse desafio global, visto que
propõe inúmeras soluções, como:

1. Redução de Emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE)

• Descarbonização: a adoção de metas baseadas na ciência (Science-Based Targets)

para a redução das emissões de carbono, por empresas alinhadas ao que prevê o Acordo

de Paris, para limitar o aquecimento global a 1,5°C;

• Energias Renováveis: investimentos em energia solar, eólica e outras fontes renováveis

diminuindo a dependência de combustíveis fósseis;

• Eficiência Energética: melhorias em processos industriais e logísticos visando à redução

do consumo de energia.

2. Gestão de Recursos Naturais

• Uso Sustentável da Água: implementação de sistemas de reuso e a adoção de práticas

que promovam a redução do desperdício;

• Preservação da Biodiversidade: proteção dos ecossistemas e a adoção de práticas que

minimizem ou anulem os impactos sobre a fauna e a flora.

3. Transparência e Relatórios de Impacto

• Relatórios ESG: divulgação de métricas e indicadores de desempenho ambiental, como

emissões de carbono, pegada hídrica e gestão de resíduos;

• Padrões Internacionais: adoção de frameworks (estruturas) como o TCFD (Task Force on

Climate-related Financial Disclosures) para reportar riscos climáticos

1 TCFD (Task Force on Climate-related Financial Disclosures) é uma organização global criada

para desenvolver um conjunto de divulgações recomendadas relacionadas ao clima que empresas e

instituições financeiras podem utilizar para melhor informar os investidores, acionistas e o público

sobre seus riscos financeiros relacionados ao clima.

4. Inovação e Tecnologia

• Tecnologias Verdes: investimento em soluções inovadoras, como a captura e o

armazenamento de carbono, em agricultura regenerativa e na utilização de veículos

elétricos;

• Economia Circular: promoção de modelos de negócios que estimulem a redução de

resíduos e a reutilização e reciclagem de materiais, eliminando o desperdício.

5. Engajamento com Stakeholders

• Parcerias com Governos e ONGs: colaboração para elaboração e execução de projetos

de mitigação e adaptação às mudanças climáticas;

• Educação e Conscientização: campanhas de sensibilização sobre o tema junto a

funcionários, clientes e comunidades com ênfase sobre a importância da ação climática e

práticas sustentáveis.

6. Governança Climática

• Políticas Internas: criação de comitês e diretrizes específicas para gerenciar riscos

climáticos;

• Incentivos para os trabalhadores: vinculação de bônus e remunerações ao cumprimento

de metas ESG relacionadas ao clima.

7. Investimentos Sustentáveis

• Green Bonds: títulos emitidos para o financiamento de projetos ambientais, como

energia renovável e eficiência energética.

• Fundos ESG: fundos criados e orientados para a garantia de investimentos que

priorizem empresas com boas práticas ambientais e sociais.

A implementação do ESG, como a de outras políticas que visem ao enfrentamento às

mudanças climáticas e aos eventos extremos – melhor ainda, à prevenção e à mitigação dos

danos a eles relacionados – encontra desafios, como a falta de padronização e a dificuldade

de comparação de métricas entre empresas e setores, o risco de “greenwashing”

(implementação de práticas que apenas simulam sustentabilidade) e os custos de

implementação, pois a transição para modelos sustentáveis, dependendo da atividade,

pode exigir investimentos significativos. No entanto, empresas que adotam o ESG de forma

responsável e verdadeira podem se beneficiar, alcançando maior resiliência operacional,

melhor reputação e acesso facilitado a recursos e investimentos.

Estamos convencidos de que o ESG é um instrumento essencial para alinhar os interesses

econômicos com a sustentabilidade ambiental, contribuindo de modo significativo para a

prevenção e a mitigação dos impactos das mudanças climáticas. Resta-nos a esperança de

que os gestores de empresas de todos os portes e segmentos se esforcem na adoção de

medidas desta natureza – transparentes, mensuráveis e alinhadas com metas globais, como

os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU e o Acordo de Paris –

tornando-as mais resilientes e competitivas, em um mundo que, a cada dia mais, exige
sustentabilidade e responsabilidade socioambiental.

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Fundada em 2012, a Eko G Tecnologia e Serviços Ambientais, empresa com sede em Belo Horizonte - MG, presta serviços de Consultoria, Assessoria e Supervisão Ambiental nas áreas de Licenciamento Ambiental e Gestão da Biodiversidade. Firmados sempre com a competência técnica, que preza pela qualidade na prestação de serviços, respeito ao meio ambiente e compromisso com o cliente, contamos com equipe de profissionais qualificados e capacitados para a elaboração e execução de projetos ambientais.

A inovação científica constitui uma das bases do nosso trabalho, que é constantemente atualizado através de aprimoramentos técnicos e pela busca constante de alternativas e soluções capazes de atender o cliente e os órgãos licenciadores, sempre com foco na preservação do meio ambiente.

Atuamos em parceria com diversas empresas do setor ambiental e dos mais variados ramos, tais como: mineração, transporte e energia. Em acervo técnico, contamos com a realização de monitoramento e resgate de fauna e flora, estudos com indígenas amazônicos, diagnóstico da biodiversidade, estudo de impacto cumulativo e estudo de impacto do ruído e vibração na vida selvagem, entre outros.

Missão

Oferecer serviços e soluções na área socioambiental por meio de ideias e projetos elaborados com o uso de alta tecnologia e inovação, respondendo com entregas de excelência às demandas e necessidades dos nossos clientes e parceiros.

Visão

Ser uma empresa de referência na elaboração e execução de projetos e na consultoria às áreas socioambiental e tecnológica voltadas para o desenvolvimento sustentável.

Valores

Nossos valores: ética, compromisso, inovação, responsabilidade socioambiental e sustentabilidade.

Sócios

Gabriel Arvelino de Paula
Gabriel Arvelino de PaulaSócio - Diretor Técnico
Eko G Ambiental
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Biólogo formado pela Universidade Federal de Ouro Preto (2006), com mestrado em Ecologia Aplicada pela Universidade Federal de Lavras (2011) e doutorado em Ecologia e Conservação pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (2023).

Especialista em ecologia e conservação de ecossistemas naturais, ambientes esses que desempenham um papel crucial nos ciclos biogeoquímicos globais, na oferta de serviços ecossistêmicos e na conservação da biodiversidade. Mais do que isso, são incrivelmente belos e expressam toda evolução da natureza. Sua conservação implica na realização de estudos de impacto ambiental e na proposição de medidas de proteção, sempre com respeito às comunidades tradicionais que vivem nesses ambientes.

Com quase 20 anos de atuação em consultoria ambiental, atualmente coordeno projetos de licenciamento ambiental de grandes empreendimentos nas áreas de infraestrutura, energia e mineração. Também desenvolvo trabalhos em Ecologia Quantitativa, Modelagem Estatística, Impactos Cumulativos, Recuperação de Áreas degradadas e Estudos do Componente Indígena.
Nísio Miguel Tôrres de Miranda
Nísio Miguel Tôrres de MirandaSócio-Diretor Comercial
Eko G Ambiental
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Bacharel em Direito (FDCL), Especialista para o Magistério Superior em Direitos Difusos e Coletivos (PUC-MG), em Poder Legislativo e Políticas Públicas (Escola do Legislativo da ALMG/PUC-MG) e em ESG e Sustentabilidade Corporativa e Empresarial, pela Faculdade Anhanguera.

Foi Assistente Administrativo de Licitações e Projetos no extinto Lumen Instituto de Pesquisas, da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG). Assessor Legislativo na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, nos anos de 2003 a 2015, atuou, principalmente, na assessoria às presidências das Comissões de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável e de Assuntos Municipais e Regionalização e contribuiu para idealização, instalação e realização de importantes colegiados e eventos legislativos, como a Comissão Especial da Fruticultura, em 2004, o Seminário Minas de Minas, em 2008/2009, e a Comissão Extraordinária das Águas, de 2013 a 2016.

Coordenou o Observatório de Políticas Metropolitanas - OPM - da Agência de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Belo Horizonte - ARMBH (2015-2019), expandindo a interlocução da autarquia com os diversos segmentos sociais e contribuindo para a retomada das Conferências Metropolitanas; atuando como ponto-focal da ARMBH para o Projeto Interact-bio, em parceria com o ICLEI e como membro dos conselhos consultivos de Unidades de Conservação (UCs) estaduais. Como conselheiro do Comitê de Bacia Hidrográfica do Rio das Velhas (CBH-Velhas) e de inúmeros de seus subcomitês, presidiu a Câmara Técnica de Comunicação, Mobilização e Educação Ambiental - CTECOM e foi membro titular da Câmara Técnica de Planejamento, Projetos e Controle - CTPC, além de integrar a Diretoria Ampliada. Foi também conselheiro do Comitê de Bacia Hidrográfica do Rio Paraopeba e, posteriormente, compôs a Câmara Consultiva Regional do Alto São Francisco - CCR-Alto e presidiu a Câmara Técnica de Articulação Institucional - CTAI - do Comitê de Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, representando o Instituto Guaicuy, pelo CBH-Rio das Velhas.

No Terceiro Setor, atuou como Coordenador de Campo e Coordenador de Articulação Institucional Regional do Instituto Guaicuy (2020-2023), nos trabalhos de Assessoria Técnica Independente (ATI) aos atingidos pela Barragem do Córrego do Feijão, em Brumadinho, no Projeto Paraopeba, nos municípios de Curvelo e Pompéu (Região 4) e municípios do entorno do Lago de Três Marias: Abaeté, Biquinhas, Paineiras, Morada Nova de Minas, Felixlândia, Três Marias e São Gonçalo do Abaeté (Região 5).

É Membro do Instituto Brasileiro de ESG - IBESG.